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A apneia do sono dobra o risco de demência em mulheres

Um “simples” distúrbio do sono pode ser um grande vilão para a saúde neurológica feminina. Entenda.



Apneia e demência


A apneia é um distúrbio caracterizado por interrupções repetitivas na respiração durante o sono, levando à redução da oxigenação do cérebro e a despertares frequentes. Esse problema afeta milhões de pessoas em todo o mundo e está associado a diversas complicações de saúde, como hipertensão, doenças cardiovasculares e diabetes. No entanto, estudos recentes apontam um risco ainda mais alarmante para as mulheres: a apneia do sono pode dobrar a probabilidade de desenvolvimento de demência, tornando-se um fator preocupante para a saúde neurológica feminina.


A relação entre apneia do sono e demência ocorre devido ao impacto da privação de oxigênio no cérebro, o que pode levar à morte de neurônios e ao aumento de processos inflamatórios. Além disso, a fragmentação do sono e a falta de descanso profundo prejudicam a capacidade do cérebro de eliminar toxinas, incluindo proteínas associadas ao desenvolvimento do Alzheimer. Mulheres com apneia do sono, especialmente após a menopausa, apresentam um risco ainda maior, já que a queda dos hormônios pode agravar os efeitos do distúrbio respiratório sobre o sistema nervoso.


Os sintomas da apneia do sono podem ser diferentes entre homens e mulheres, o que muitas vezes leva a um diagnóstico tardio no público feminino. Enquanto os homens costumam relatar roncos altos e sonolência excessiva, as mulheres podem apresentar sinais mais sutis, como fadiga constante, dificuldade de concentração, insônia e dores de cabeça matinais. Essa diferença no quadro clínico faz com que muitas mulheres convivam com a apneia sem saber, aumentando os riscos a longo prazo, incluindo o declínio cognitivo e a demência.


Diante desse cenário, é essencial que as mulheres estejam atentas aos sinais da apneia do sono e busquem diagnóstico precoce para iniciar o tratamento adequado. O uso de dispositivos como o CPAP (pressão positiva contínua nas vias aéreas), mudanças no estilo de vida e o controle de fatores de risco, como obesidade e tabagismo, podem reduzir significativamente os impactos do distúrbio. Além disso, conscientizar a população sobre essa relação entre apneia e demência é fundamental para prevenir complicações futuras e garantir uma melhor qualidade de vida para as mulheres em todas as fases da vida.




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