Não é segredo que a depressão se tornou uma epidemia. Cada vez mais pessoas estão ficando incapacitadas por causa da doença, que, além de causar desânimo e procrastinação, também afeta a saúde cardiovascular. Entenda.
A depressão
Uma doença que não é só de ordem da saúde mental, a depressão vem ganhando, finalmente, a atenção que merece. Vista ainda com preconceito por algumas pessoas, essa enfermidade não afeta só o psicológico do paciente, mas seu convívio social e predispõe a várias doenças.
Ela não tem preferência por idade, raça, gênero ou classe social. E as estimativas dizem que pelo menos 1 pessoa em cada 5 terá depressão ao longo da vida. No Brasil, dados da Organização Mundial da Saúde afirmam que 7,5% da população será afetada pelo problema, levando, anualmente, cerca de 100 mil pessoas a se afastarem do trabalho.
Consequências para a saúde do coração
Se considerarmos o impacto dessa enfermidade na vida do paciente, já podemos afirmar que, direta ou indiretamente, a depressão afeta o coração. Considere, por exemplo, que um paciente portando a doença, esteja procrastinado e extremamente desanimado. É muito possível que ele pare de fazer atividades físicas, passe a comer erroneamente e deixe de tomar suas medicações da forma devida. A consequência para o coração virá. Também é comprovado que ela agrava outros fatores de risco, como tabagismo, colesterol alto, obesidade e hipertensão.
Mas, além disso, há as questões biológicas. A depressão aumenta a produção do hormônio adrenalina. Esse, por sua vez, diminui o fluxo sanguíneo natural, tem relação com as placas de colesterol das artérias e interfere na contração e relaxamento natural de vasos e veias, causando hipertensão.
Também há indícios de que a depressão pode levar ao aumento de substâncias inflamatórias na circulação, o que produziria uma lesão do endotélio (parede interna do vaso) favorecendo a deposição de gordura que vai obstruir as artérias do coração, aumentando o risco de se ter um infarto.
Pacientes com sintomas depressivos precisam procurar ajuda de psicólogos e psiquiatras e fazer o tratamento até o fim. Dessa forma, além de ficarem menos predispostos a doenças cardíacas, também poderão ter uma qualidade de vida muito melhor.
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