Os antibióticos são remédios receitados para tratamento de infecções. Como o próprio nome alude, são substâncias para combater a continuidade de uma vida, no caso das bactérias e vírus. Quando usado de maneira errada, podem trazer males à saúde. Entenda.
A ação do remédio
Antibióticos são medicações utilizadas há mais de um século. Não por acaso, desde os primeiros anos de uso, os médicos já notavam que eles tinham uma eficácia moderada, não agindo só no problema ou eliminando 100% dos organismos invasores.
Em 1902, um escritor francês fez uma piada, que virou uma frase visionária. Ele disse à época que esses medicamentos matavam os micróbios, mas nem todos e, os que sobreviviam, ficavam ainda mais fortes. De fato, cada vez mais comuns, as superbactérias têm se mostrado um desafio para a medicina.
Por conta disso, é preciso entender que os antibióticos são remédios para serem usados com orientação, supervisão e moderação. E que, quanto maior o uso indiscriminado, maior será a produção de novas superbactérias.
Males pelo uso indevido
Para o corpo, cada tipo de antibiótico tem sua contraindicação devidamente prevista na bula. O que preocupa mesmo a ciência é o uso inconsciente.
No Brasil, as autoridades já fizeram a parte delas, proibindo a venda de antibióticos sem receita médica. Mas, ainda assim, o número de pessoas que morrem em decorrência desses remédios é grande. Na Europa, são 25 mil a cada ano. Nos Estados Unidos, 35 mil.
A Organização Mundial de Saúde também já se manifestou a respeito, dizendo que “resistência [das superbactérias] aos antibióticos constitui atualmente uma das ameaças mais graves para a saúde mundial”. E isso é um raciocínio lógico, já que, com medicamentos menos eficazes, o risco de não conseguir curar um mal, só aumenta. E, como exemplo, podemos citar uma ampla gama de doenças bacterianas que podem ser fatais, como a tuberculose ou a pneumonia.
A solução é manter o uso seletivo para os antibióticos. Confiar na prescrição dos médicos e não pressioná-los para receitar esse tipo de remédio.
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